Três coisas que Rui Vitória fez no Paços e no Vitória e não conseguiu no Benfica


O FC Porto é a kryptonite de Rui Vitória. Na sua carreira nunca conseguiu bater os azuis e brancos no campeonato. E se num Paços de Ferreira ou Vitória essa situação pode não ser muito anómala, no Benfica é um dos argumentos usados pela crítica para defenderem que o ribatejano não tem perfil para um grande. Isto apesar de ter conquistado duas ligas nas duas primeiras temporadas no Benfica

Desde que chegou à Luz, o treinador apenas fez dois pontos em seis jogos contra os azuis e brancos, sendo que os últimos três pontos perdidos podem custar-lhe um campeonato. E a produção ofensiva é quase nula. Em média o Benfica de Vitória apenas marca 0,5 golos por jogo contra o Porto na liga.

Apesar disso, não se pode propriamente dizer que Vitória é alérgico aos jogos grandes. Contra o rival da Segunda Circular o técnico leva oito pontos em seis jogos. Para o campeonato, foi batido apenas uma vez pelo arqui-inimigo Jorge Jesus. Ainda assim, só por uma vez a equipa do professor Vitória facturou mais que um golo.





Apesar de comandar um grande pela terceira época, há coisas que Rui Vitória conseguiu fazer no Paços de Ferreira e no Vitória Sport Clube que ainda não conseguiu repetir na Luz. 

Bater um dos grandes na ida e na volta

Na época de estreia na Primeira Liga, Rui Vitória conseguiu ao serviço do Paços de Ferreira bater o Sporting na capital do móvel e em Alvalade. Algo que nunca conseguiu no Benfica. Na primeira jornada da liga 10/11, os castores venceram os verde e brancos por 1x0 (golo de Mario Rondon). Na segunda volta foram a Alvalade vencer por 3x2, com o golo da vitória a ser apontado por um tal de Pizzi, um dos preferidos de Vitória no Benfica.

Marcar três golos a um dos grandes

Jogos grandes do Benfica de Rui Vitória têm grande probabilidade de acabar com poucos golos do lado dos encarnados. Em 11 jogos deste tipo, a equipa apenas por uma vez marcou mais que um golo (na vitória por 2x1 na Luz frente ao Sporting na época passada). Aliás, a equipa tem uma média de apenas 0,72 golos marcados por jogo contra os grandes rivais na liga. Nos duelos contra o FC Porto essa média é ainda menor: 0,5 golos por jogo.

Mas, também na época de estreia na liga, o Paços de Vitória conseguiu marcar três golos ao super-Porto de André Villas Boas, Hulk e Falcão em pleno Estádio do Dragão. E com os castores a jogarem com menos um durante meia-hora. A grande estrela desse jogo foi, mais uma vez, Pizzi. Fez um fantástico hat-trick.

Golear um grande

Se há coisa que Rui Vitória não conseguiu impedir na Luz foi de ser goleado e de ter tido jogos em que se pode dizer, em bom futebolês, que levou um banho de bola. Para o campeonato, logo na época de estreia na Luz, o ribatejano perdeu 3x0 em casa contra o Sporting de Jesus. A lição até pode ter sido aprendida, já que nunca mais viria a sofrer um desaire desse tipo contra os grandes rivais. Mas também nunca conseguiu esmagar um dos outros grandes. 

Apesar de não o ter feito no Benfica, na cidade-berço, o Vitória de Rui venceu por 3x0 o Sporting de Marco Silva.

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