Bas Dost tem mantido a tradição goleadora dos pontas de lança holandeses no futebol português. O artilheiro leonino leva números impressionantes na liga portuguesa. Mas já teve antecessores que comprovam que os avançados da laranja mecânica se adaptam que nem uma luva aos relvados portugueses. Se bem que nenhum tenha tido registos ofensivos que se comparem ao do avançado do Sporting. Vamos a exemplos.
Jimmy Hasselbaink
Foto: Revista Futebolista |
Nada melhor que um grande goleador para reconhecer outro. Em 1995 chega a Campo Maior um ponta de lança holandês para treinar à experiência depois de não se ter conseguido afirmar no futebol dos Países Baixos. E apesar dos movimentos desengoçados a fazer lembrar o Pato Donald, Jimmy Hasselbaink conseguiu convencer o treinador dos alentejanos, Manuel Fernandes, a dar-lhe uma oportunidade.
Foi mais uma das histórias de desconhecidos que chegaram aos relvados nacionais e que se tornaram jogadores de grande qualidade. Na primeira temporada em Campo Maior, Hasselbaink marca 12 golos em 31 jogos na liga. Apesar dos números do avançado, a equipa apadrinhada pela família Nabeiro não se livra da despromoção.
O poderio físico e o faro de golo levam Hasselbaink para o Boavistão. E aí o pecúlio do holandês aumenta, fazendo nada mais nada menos que 20 golos em 19 jogos. Só não conquistou o prémio de melhor goleador do campeonato porque nas Antas pontificava um tal de Mário Jardel. Mas como consolação ajudou os axadrezados a conquistar a Taça de Portugal.
A época no Bessa foi a rampa e lançamento para o futebol internacional. Rumou para o Leeds que lhe abriu as portas do Atlético de Madrid e, mais tarde, seria uma das figuras do Chelsea. Sempre com grande dose de eficácia.
Hasselbaink em acção pelo Chelsea
Jimmy foi internacional por 23 vezes, conseguindo nove golos. Agora tenta a sorte no banco. É treinador do Northampton, do terceiro escalão do futebol inglês.
Números na liga portuguesa:
Golos: 32
Golos por jogo: 0,53
Golos por jogo: 0,53
Minutos por golo: 146
Segundo maior goleador em 96/97
Pierre van Hooijdonk
Contrariamente a Hasselbaink, van Hooijdonk chegou a Portugal já com o estatuto de goleador. Se o futebol fosse um jogo só de bolas paradas, este artilheiro holandês seria candidato à Bola de Ouro. É contratado pelo Benfica em 2000, depois de ter mostrado faro de golo em clubes como o Celtic, o Nottingham Forest e o Vitesse.
Na Luz, fez dupla de ataque com João Tomás. Facturou por 20 vezes na competição, com grande parte dos tentos a serem assinados de bola parada. Apesar de ter sido o segundo melhor goleador da liga, a produção ofensiva de van Hooijdonk não chegou para o Benfica evitar a pior época de sempre. O Benfica terminou a liga apenas na sexta posição.
O holandês durou apenas uma época nos relvados portugueses. Sairia para o Feyenoord, tornando-se uma das lendas do clube. Representou a selecção laranja por 46 vezes, assinando 14 golos. Terminada a carreira dedicou-se ao comentário desportivo.
Números na liga portuguesa:
Golos: 20
Golos por jogo: 0,67
Minutos por golo: 121
Segundo maior goleador em 00/01
Não foi além dos 14 golos em cada uma das épocas e nunca conseguiu chegar ao pódio dos melhores artilheiros do campeonato. Acabaria por ser vendido ao Norwich e a produção atacante do avançado paralisou no futebol inglês. Depois disso, ainda fez uma época interessante no regresso ao Vitesse. Esta temporada mudou-se para o Basileia e continua longe de mostrar ser um goleador letal.
Números na liga portuguesa
Golos: 28
Golos por jogo: 0,51
Minutos por golo: 166
Na Luz, fez dupla de ataque com João Tomás. Facturou por 20 vezes na competição, com grande parte dos tentos a serem assinados de bola parada. Apesar de ter sido o segundo melhor goleador da liga, a produção ofensiva de van Hooijdonk não chegou para o Benfica evitar a pior época de sempre. O Benfica terminou a liga apenas na sexta posição.
O holandês durou apenas uma época nos relvados portugueses. Sairia para o Feyenoord, tornando-se uma das lendas do clube. Representou a selecção laranja por 46 vezes, assinando 14 golos. Terminada a carreira dedicou-se ao comentário desportivo.
Mestre das bolas paradas
Números na liga portuguesa:
Golos: 20
Golos por jogo: 0,67
Minutos por golo: 121
Segundo maior goleador em 00/01
Ricky van Wolfswinkel
Chegou a ser uma das maiores promessas do futebol holandês, batendo alguns recordes de golos nas camadas jovens. Chegou ao Sporting em 2011 depois de duas temporadas interessantes ao serviço do Vitesse. Nas duas temporadas em Alvalade até mostrou faro de golo, mas com números que talvez soubessem a pouco para um grande do futebol português.Não foi além dos 14 golos em cada uma das épocas e nunca conseguiu chegar ao pódio dos melhores artilheiros do campeonato. Acabaria por ser vendido ao Norwich e a produção atacante do avançado paralisou no futebol inglês. Depois disso, ainda fez uma época interessante no regresso ao Vitesse. Esta temporada mudou-se para o Basileia e continua longe de mostrar ser um goleador letal.
Wolfswinkel em acção
Números na liga portuguesa
Golos: 28
Golos por jogo: 0,51
Minutos por golo: 166
Bas Dost
Ok. É verdade. Os avançados holandeses têm boa escola e tendem a dar-se bem com os ares de Portugal. Mas Bas Dost pulverizou todos os recordes dos artilheiros laranjas em relvados nacionais. Em pouco mais de época e meia no Sporting, o ponta de lança proveniente do Wolfsburgo leva já 57 golos. Na época passada foi o grande artilheiro da competição e ainda lutou pela bota de ouro. A média é de mais de um tento por jogo.
Apesar desta produção impressionante, na selecção laranja, os números de Dost são bem diferentes. Marcou apenas por uma vez em 18 internacionalizações. Talvez se o Jorge Jesus fosse seleccionador holandês a história fosse diferente.
A eficácia de Dost
Números na liga portuguesa
Golos: 57
Golos por jogo: 1,06
Comentários
Enviar um comentário