As três lições do professor Queiroz ao apurar o Irão para o Mundial.

Primeira Lição: Após ter saído da Selecção Portuguesa pela porta pequena, Carlos Queiroz voltou aos bons resultados ao serviço do Irão, levando o país dos ayatollahs para o Mundial de 2014 e entra na história do desporto-rei. Tornou-se no terceiro treinador a conseguir apurar três selecções diferentes para um Mundial (África do Sul em 2000, Portugal em 2010 e agora o Irão). Antes de Queiroz, apenas o brasileiro Carlos Alberto Parreira e o francês Henry Michel conseguiram atingir esta marca.

Segunda lição: O facto de se ter apurado com um vitória na Coreia do Sul. Isto depois de nas vésperas do encontro o seleccionador sul-coreano ter dito que Queiroz iria ver o Mundial do sofá. O triunfo levou a um gesto polémico do treinador português no final do encontro (ver vídeo). Mas, contas feitas, foi limpinho, como diria o outro. É que antes da vitória por 1-0 na Coreia, o Irão já havia batido os coreanos em casa, o que permitiu à equipa de Queiroz terminar em primeiro do grupo. Além disso, estes triunfos servem ainda como uma espécie de desforra da Taça Asiática de 2011, onde o Irão de Queiroz foi eliminado pela Coreia do Sul nos quartos-de-final.

Terceira lição: Consegue apurar-se para o Mundial sem necessitar de ir ao play-off asiático e intercontinental com uma selecção da América do Sul. Isto numa altura em que a Selecção Portuguesa, de onde o treinador não saiu de forma pacífica, ainda tem muitas etapas para vencer se quiser chegar ao Brasil.

Apesar do apuramento, conseguirá este Irão, que tem apenas quatro jogadores a evoluir fora dos campeonatos asiáticos, dar luta aos futuros adversários no Mundial? Ou servirá de saco de boxe a adversários mais poderosos? E Queiroz, conseguirá no futuro o feito de levar uma outra selecção aos Mundiais de 2018 ou 2022?

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