O Borussia Dortmund procura a sua segunda Liga dos Campeões. E na única vez que a equipa alemã levantou a taça de campeão europeu, em 1997, contou com a ajuda de um dos melhores médios da história do futebol português: Paulo Sousa. Esta conquista permitiu ao jogador formado nas escolas do Benfica bater um recorde que só foi alcançado por outros três futebolistas (Desailly, Piqué e Eto'o), o de conquistar duas Champions consecutivas por dois clubes diferentes.
No ano anterior, Paulo Sousa já havia erguido a taça mais desejada do futebol europeu ao serviço da Juventus (um triunfo que foi colocado sob suspeita). Os primeiros pontapés na bola foram dados nos viseenses Os Repesenses e o talento da futura estrela não passou despercebido aos olheiros do Benfica, que o levaram para as camadas jovens dos encarnados. Fez a formação na Luz e ainda jogou quatro temporadas na equipa principal, onde conquistou um campeonato e uma Taça de Portugal. Além das grandes exibições no meio-campo dos encarnados, fica ainda na memória um jogo em que foi obrigado a alinhar como guarda-redes no Estádio do Bessa.
Trocou o Benfica pelo Sporting e deixou a Luz em estado de choque
Mas o choque da nação benfiquista chegaria no defeso de 1993. O Sporting de Sousa Cintra fez um raide por jogadores encarnados e Paulo Sousa foi um dos que se transferiram para o rival da Segunda Circular. Passaria uma temporada em Alvalade, com a sua qualidade a levá-lo depois à toda-poderosa Juventus, onde além da Liga dos Campeões conquistou um campeonato e uma Taça de Itália.
Após as vitórias na Vieccha Signora rumou para Dortmund. Apesar de ter sofrido uma grave lesão ainda foi a tempo de ajudar a equipa a ganhar a Champions e uma Taça Intercontinental. Na final da Liga dos Campeões ao serviço dos alemães ajudou a abater a sua antiga equipa, a Juve. Regressaria depois aos relvados italianos para representar o Inter e o Parma, mas já sem o fulgor de tempos passados, com as lesões a atormentarem-no. Já na fase descendente da carreira, jogou ainda no Panathinaikos e terminaria a carreira no Espanhol de Barcelona em 2002 com apenas 31 anos. Desabafou que se encontrava cansado de lutar contra o infortúnio quando anunciou a saída dos relvados.
Além das conquistas a nível de clubes, Paulo Sousa foi um dos esteios da Selecção Nacional. Foi campeão mundial de sub-20 e teve um papel fundamental no terceiro lugar de Portugal no Euro 2000.
Carreira como treinador longe dos feitos como jogador
Pouco tempo depois de pendurar as chuteiras, Paulo Sousa lançou-se como treinador. Começou na Selecção Nacional de sub-16 e saltou para os escalões secundários do futebol inglês, onde orientou o Queens Park Rangers, o Swansea e o Leicester. No primeiro clube foi despedido depois de ter sido acusado de revelar informações confidenciais da equipa. Já o bom trabalho no Swansea levou-o a assinar pelo Leicester, mas só se aguentou três meses neste cargo, sendo demitido após um mau arranque de época.
Tentou relançar a carreira na Hungria com o Videoton, onde conquistou duas Supertaças e uma Taça da Hungria. Além disso, fez uma campanha razoável na Liga Europa, conseguindo a qualificação para a fase de grupos da competição depois de ter eliminado os turcos do Trabzonspor. Terminou o Grupo G com seis pontos e com o feito de ter goleado o Sporting na Hungria.
Em Janeiro saiu do clube para assumir o comando técnico dos New York Red Bulls. Mas a ida para os EUA acabaria por não se concretizar. Com os conhecimentos tácticos que demonstrou enquanto jogador e ainda na fase inicial da carreira como treinador, poderemos ver num futuro próximo Paulo Sousa numa equipa portuguesa?
Em Janeiro saiu do clube para assumir o comando técnico dos New York Red Bulls. Mas a ida para os EUA acabaria por não se concretizar. Com os conhecimentos tácticos que demonstrou enquanto jogador e ainda na fase inicial da carreira como treinador, poderemos ver num futuro próximo Paulo Sousa numa equipa portuguesa?
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