Dois portugueses no pódio dos maiores artilheiros em Chipre

Portugal é perseguido pela falta de goleadores eficazes. Mas no campeonato cipriota, houve dois jogadores lusos a terminarem a competição no top três dos maiores artilheiros da competição. O melhor goleador da liga foi o ex-benfiquista Bernardo Vasconcelos. 

O veterano de 33 anos marcou 17 golos na liga cipriota, 16 dos quais conseguidos na segunda metade da época. Conseguiu bisar por seis vezes. E assinou mais de 40% dos golos da sua equipa, o Alki Larnaca, sendo fundamental para que o clube onde actuam também os portugueses Santamaria e Barge assegurasse a manutenção. 

Foi a melhor época de sempre do avançado que começou a sua carreira no Palmelense. Ainda passou duas épocas no Benfica B, não tendo conseguido integrar a equipa principal. Passou depois pelo Torreense, Alverca, Leiria e Estoril. Pelo meio ainda esteve uma época e meia na Holanda. 

Apesar de ter sido o melhor artilheiro do campeonato cipriota, Bernardo Vasconcelos nunca teve grandes hipóteses em Portugal. Com várias experiências nos escalões secundários do futebol nacional, apenas disputou duas partidas na Primeira Liga. Em ambas as partidas saltou do banco da União de Leiria. E não conseguiu fazer nenhum golo. À semelhança de muitos jogadores portugueses, o avançado teve de emigrar para Chipre para poder jogar com regularidade. Está no país desde 2006, onde leva 76 golos na competição. 

Além de Bernardo Vasconcelos, houve outro português em destaque. Marco Paixão, formado nas escolas do Sesimbra, foi o terceiro maior goleador da competição, com 15 golos marcados pelo Ethnikos Achnas, que também escapou à relegação. Após os primeiros chutos na bola em Sesimbra, Marco Paixão ainda jogou no Sporting B. Mas foi descartado pelos leões e foi para os escalões secundários do futebol espanhol. Passou depois duas temporadas na liga escocesa, ao serviço dos escoceses do Hamilton, onde fez sete golos em duas temporadas.

Antes de chegar a Chipre esta época, ainda passou pelo futebol iraniano. Agora, aos 28 anos é uma das maiores estrelas do futebol da ilha do Mediterrâneo. Além destes dois jogadores lusos, houve outros futebolistas que passaram pelo futebol nacional a integrar o top 10 de artilheiros: o antigo atleta do Nacional da Madeira, Juliano Spadacio (14 golos) e o ex-benfiquista Manduca, que marcou 12 golos e ajudou o Apoel a sagrar-se campeão.

Apesar do campeonato cipriota ser modesto, conseguiriam as estrelas desta competição aproveitar uma oportunidade na Liga Portuguesa?

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