Abril de 1983. O Rio Ave foi à Luz para enfrentar o Benfica de Eriksson depois de ter sido massacrado nas duas últimas deslocações à Catedral (derrotas por 8-0 e 3-0). Na baliza, os vila-condenses apostaram num guarda-redes com cara de miúdo para travar a artilharia pesada dos encarnados, que contava com Chalana, Nené, Filipovic, Humberto Coelho e Carlos Manuel como principais bombardeiros.
O treinador de então dos vila-condenses, Quinito, apostou num jovem de 20 anos para guardar a baliza. E a decisão deu frutos, já que o Rio Ave segurou um empate a zero nesse encontro. Era o início de uma carreira de mais de uma década e meia de um dos guarda-redes mais míticos do futebol português: Alfredo Castro.
Apesar de se ter iniciado no Rio Ave, Alfredo ficou notabilizado principalmente ao serviço do Boavista, onde passou 13 temporadas. Com uma elevada dose de excentricidade e com muito sangue quente, Alfredo era o último obstáculo dos adversários. Quem conseguisse passar pela dura defesa dos axadrezados, tinha ainda de enfrentar um osso duro de roer na baliza.

Apesar de durante a sua carreira ter tido forte concorrência para defender a baliza da selecção (como Vítor Baía, Damas e Bento, por exemplo), ainda contou com quatro internacionalizações e fez parte dos jogadores convocados para o Euro 96.
Mas desenganem-se os avançados que já não esperam encontrar nos relvados portugueses mais nenhum guarda-redes com o temperamento de Alfredo. É que o filho da antiga estrela do Boavista, João Carlos, está a lançar-se para o mundo do futebol nos juniores do Rio Ave... Repetirá os passos do pai?
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